26.11.09

QUEIJO COALHO BUSCA CERTIFICADO

Matéria publicada no Diário do Nordeste diz que produtores estão atrás de certificado de Indicação de Procedência para o queijo Coalho, produto natural do Nordeste brasileiro.

EDUARDO TLACH

VINHO AO SEU ALCANCE

26/11/2009

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=696735

Encontro promovido pela Embrapa busca dar orientações aos produtores sobre como obter este diferencial

Fortaleza. Assim como o vinho do Vale dos Vinhedos (RS), a cachaça de Paraty (RJ), o café do Cerrado e a carne dos pampas gaúchos, produtores de queijo coalho do Nordeste buscam obter a indicação geográfica, um tipo de certificação que busca promover a tradição regional e as práticas produtivas de um determinado produto. Para discutir os diversos aspectos da indicação geográfica, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) promove, de hoje até amanhã, o I Encontro da Cadeia Produtiva de Queijo Coalho do Nordeste.

O encontro acontece na sede da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, e deve reunir produtores, pesquisadores e demais interessados envolvidos na cadeia produtiva do queijo coalho. Segundo Socorro Bastos, pesquisadora da Embrapa e coordenadora do evento, a meta é orientar e mobilizar os produtores para tentar obter a indicação geográfica, o que pode agregar valor ao produto e torná-lo conhecido.

"O queijo coalho é uma tradição em todo o Nordeste, mas percebe-se que há diferenças no preparo de Estado para Estado. Também não é fácil conseguir a indicação geográfica, é preciso tempo e muita organização. Atualmente só quatro produtos brasileiros a possuem, e nenhum produto do Nordeste obteve a indicação geográfica. O vinho do Vale dos Vinhedos, por exemplo, demorou dez anos para conseguir esse diferencial", afirma a pesquisadora.

Representantes de instituições internacionais, como o Centro Nacional de Denominações de Origem Leiteira (França) e a Universidade Católica do Porto (Portugal), além de nacionais como o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi, que concede a indicação geográfica) vão proferir palestra durante o encontro.
Karoline Viana
Repórter

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