VISITA A BENTO GONÇALVES

11.07.2009

Dia de chuva fina e muito frio, a noite chegou a 3°C, com previsão de neve. Chegamos a Bento Gonçalves vindo de Veranópolis, logo avistamos a Vinícola Salton, que fica no distrito de Tuiuty, antes do Vale dos Vinhedos. Paramos para conhecer a grandiosidade desta vinícola, com visita monitorada. Modernas instalações, tanques de fermentação e autoclaves em aço inox, o salão subterrâneo de descanso dos barris de carvalho, tudo em grandes quantidades. Após ouvirmos as explicações da guia passamos a degustação dos vinhos. Provamos seus vinhos bem elaborados, com destaque aos espumantes, redondos, finos. Sempre apreciei a qualidade dos espumantes da Salton. Por curiosidade experimentamos até o vinho Canônico, este vinho de mesa doce, é o mais vendido nas paróquias do Brasil.

Terminada a visita seguimos para o vale dos vinhedos, começamos pela Vinícola Marco Luigi.

Encontramos grandes vinhos, em especial a Linha Reserva da Família, mas antes degustamos o Tributo e o Conceito, vinhos mais conhecidos no dia a dia. Levamos “para viagem” o bag in box Tributo Merlot (R$ 34,00, 5 litros)

Nesta vinícola o que marcou muito foi o atendimento, fomos muito bem atendidos pela Daniela e Luiza, que nos deram dicas importantes sobre o vale dos Vinhedos. Estávamos lá pelas duas e meia da tarde e não tínhamos almoçado, elas nos deram três nomes de restaurantes da região: Casa Valduga, Zandonai e Sborneas.

Na Casa Valduga não nos deixaram nem passar pelo portão, disseram que estavam lotados com uma excursão e que para não atender mal preferiam não deixar entrar. (uma visita quem sabe, na próxima viagem).

O Zandonai estava fechado, num bar ao lado que pertence ao restaurante nos informaram que quando os ponteiros se encontram ao meio dia é hora de almoçar, e lá servem até as 14 horas, até um senhor de sotaque italiano nos perguntou se naquela hora viemos almoçar ou jantar ?

Nossa salvação foi o Sborneas, fomos muito bem recebidos pelos garçons que tinham um ótimo humor, a casa não estava cheia, eles não trabalham com excursões.

Fomos de rodízio de massas (R$ 30,00/pessoa), primeiro uma sopa de capeletti e após vários tipos massas ao molho de: ao sugo, ao pesto, alho e óleo... Sentimos falta de uma lasagna. O galeto estava com um tempero fantástico, pele crocante, uma delícia...

Para acompanhar a refeição aceitamos a sugestão de um Pizzato Reserva Cabernet Sauvignon 2004 (R$ 30,00), casou muito bem.

Saímos na “vassoura”, lá pelas 16 horas.

Passamos pela Vinícola Miolo, uma sede muito grande, imponente. Estava lotada, havia dois ônibus, mais duas vans e vários carros no estacionamento, passamos apenas pela loja para ver os vinhos.

Fomos ao final do dia para Pizzato Vinhas e Vinhos, conhecer mais sobre o vinho que nos fizera companhia no almoço.

Lá eles prezam pela qualidade das uvas, que dá origem ao bom vinho. Todo vinho Pizzato é feito com uvas próprias, inclusive eles vendem uma parte das uvas a terceiros.

O processo de vinificação é feito com equipamentos modernos, fermentação em tanques de aço inox com serpentina de refrigeração. Após os vinhos descansam em barris de carvalho para afinar os aromas.

Há muitas outras vinícolas na região e em outras cidades próximas, mas não tivemos tempo para visitá-las, deixaremos para outra ocasião.

Avaliação da viagem:

Pontos Positivos:

- o bom atendimento na Marco Luigi

- hospitalidade do povo gaúcho, as informações sempre eram passadas com alegria.

- Local muito agradável, muitas vinícolas conhecidas no mesmo lugar. Todas recebem bem o turista.

- BR 116 está muito bem conservada e sinalizada

Pontos Negativos:

- programe seus horários, pois nem todos restaurantes funcionam à tarde como em São Paulo.

- Pedágios, passamos por 16 pedágios de Santo André a Bento Gonçalves, custo de ± R$ 65,00 por sentido.

- BR 116 no trecho inicial após Bento Gonçalves, é muito sinuosa e estreita, nem parece uma estrada federal.

Eduardo Tlach

VINHO AO SEU ALCANCE

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